16 de abril de 2012

Sempre... e para sempre...

Há coisas que duram para sempre...

E para sempre... nunca acaba... mesmo!

Como a saudade e o Verdadeiro Amor!

22 de março de 2011


Já escrevi... tanto!

Mas talvez tenha escrito, menos palavras,

do que as lágrimas que já deitei por ti!

E o pior...

É que as palavras se foram...

E as lágrimas ficaram!

Que faço eu agora, se levaste tanto de mim,

E me deixaste tão pouco de ti...

Deixaste-me um livro de memórias,

que agora não consigo escrever!

Deixas-te-me uma ferida aberta,

que nem com a minha tinta a posso cuidar!

Tomaste o meu melhor sorriso,

e para mim ficou o teu usado e cansaço!

Levaste-me a frescura da primavera,

e enclausuraste-me neste inverno rigoroso!

E sem hipótese de fuga...

Porque a saída era nas letras...

E essas escondeste mesmo de mim!


22 de fevereiro de 2011


A noite invadiu a casa...

A luz que me alumia resume-se... á chama de meia dúzia de velas.

Não existe um som neste momento, a não ser o que vem do meu piano.

Estou finalmente só comigo... mas demasiado amargurada, para me quietar e sossegar ...

Queria-me extravasar em palavras, mas as paredes não têm ouvidos,

E eu preciso de respostas também...

Por isso, falar não posso... não sozinha...

Resta-me entregar a minha mente incessante e o meu corpo cansado... ao som do meu piano!

Ele não responde também... mas acompanha-me...

Conhece-me como ninguém....

Quietando-me quando deve, incentivando-me quando preciso, consolando-me quando pode...

Por isso agora a ele me entrego... dançando a minha saudade, expressando a minha mágoa, libertando a minha angústia, expulsando de mim a minha indignação, e velando ...a minha dor.

Ele sabe me conduzir, por mim a fora... e sabe até aonde preciso de ir!

E ele começa:

Lita... Dança...

Aquece-te... sente-te...

Pronta?

Então...começa com garra... vai bem dentro da tua angústia...

Vai...

Dança Lita, dança!

Revolta-te, agora!

Mexe-te!

Solta-te ... Liberta-te!!

Salta Lita... Salta...salta alto...

Salta e deixa-te cair!

Grita se te doí!!!
Mas salta mais alto ainda, e deixa-te cair de novo!

Sente...

Sente nessa vertigem da queda, como estás desprotegida e como doí a queda, mas levanta-te de novo, e recomeça... outra vez, e outra com afinco...

Sente essa dor, e amaldiçoa-a...

Ela não te pode impedir de recomeçar uma e outra vez, não pode!

Recomeça, Lita...

Dança Lita, dança!

Solta agora o teu melhor rodopio, e outro e outro, e outro... e... abre os olhos!

Sente...

Sente...essa tontura... é desprezível!

Vê como te atordoa, e te embriaga, como te baralhou e te fez pareceres tonta!

Ela não pode te desfocar de ti... do teu corpo!

Excomunga-a!

Revolta-te Lita!

Exorciza-te!

Deita cá para fora o mal que te fazem sentir, o bom que se privam a dar-te, e as dores do mundo!!

Vá... Dança Lita, dança...

Expele as dores...

Dança Lita , dança...

Estás cansada, mas estás solta!!

E o que dói bem lá dentro...é assim que o trazemos para fora!!!

Repara...

Quando o som se amaina...

Tu esticas sempre uma mão aberta!!

Como estás tão dorida Lita...

Bem lá dentro, a dor é tão funda que pedes sempre auxilio...

Mas dança Lita, dança a dor...

Não estendas a mão, que ninguém vai agarrá-la...

Talvez... por agora...

Te devas balançar só um pouco.....

Embala-te... aninha-te num compasso bem leve...chiuuuu!!

Respira...

Sente o teu respirar...

Sim, Chora!

Chora... chora muito,chora... mas pára de te afogar no teu sal, deita cá para fora em gestos!

Embala-te, no meu compasso...

Aninha-te, conforta-te...

Ouve as batidas do teu coração que soluça, e fá-lo acompanhar a canção...

Chiuuu...

Não te mexas, mais...

Ficamos só assim os dois...

Embala-te... baixinho...

Vai passar...

17 de fevereiro de 2011


Toma...


Ofereço-te!


Vá... Não te retrai-as, aceita-o, que é de coração!


Não me vai fazer falta nenhuma, não tenciono, nem consigo usá-lo...


Por isso não hesites... e aceita!


Fiz de tudo para o conseguir ter... lutei com dragões, enfrentei trovoadas, escalei montanhas, percorri desertos, entrei numa noite escura... e trouxe-o para ti!


Sabes bem que por ti, não tenho medo de nada, e vou ao fim do mundo!


Como tal... trouxe-te intacto e verdadeiro... este sorriso!!!!


Vá lá... usa-o para mim!


Fica-te tão bem...


Prometes-me que o usas todos os dias??


Vá... Despe essas lágrimas velhas, já tão molhadas e frias.


Livra-te delas de vez!


Sabes que se precisares amanhã estarei cá para me certificar que ainda o usas!!!


Do mesmo modo... que estou sempre aqui!!!


Vá...


Agora coloca-o... e brilha para mim!


Mesmo de olhos fechados, saberei se o usas...


É que mesmo que não veja esse brilho, senti-lo-ei... no meu coração!


15 de fevereiro de 2011




Mãos...

Hoje em dia, olho tanto para as minhas mãos...

Noto como... se sentem-se sós...como eu!

E se elas se entristecem por se sentirem cheias de nada...

Eu triste estou... por me sentir vazia de tudo...

Talvez por isso...
Muitas são as vezes que as olho...
E dou por mim... a entrelaçar os dedos, de uma na outra,
para nos sentirmos de mãos dadas!

Mesmo não passando de um EU, a dar a mão... a MIM mesma !

14 de fevereiro de 2011


Datas especiais, não vêm nos calendários vulgares e mundanos...




São especiais por isso mesmo, por serem só "minhas"...




Embora que quando os despertadores do comum mortal disparam..




Anunciando um dia especial... me entristeçam...




Pois se nunca comemoro as " minhas" datas, quanto mais... as gerais...




E custa!




Quanto custa, e como custa ...


E saber então que o meu amor...o comemora, com outro alguém!



Demasiado!!!!


Diariamente já, mói, dói, corroí...


Mas estes dias "especiais", alimentam esta tortura em larga escala!!



Mas este amor que sinto é cego, é louco, completamente insane e desmesurado...


Passa dias e meses, agarrado a uma saudade inflamada, que se propaga e se instala sem dó nem piedade...


Consumindo-se com a falta do cheiro, da cor, do sabor, da voz... com saudades de tudo!


E no entanto não se encolhe... não mirra... não desvanece!


E fica nestes dias estupidificado... suspirando de memorias, e bebendo tanto do meu sal...


Sonhando acordado...


Planeando sem fim...


Anseando sem limites... sem saber se o infinito não será o tempo...


Dorido, mas macio...


Magoado, mas doce...


E hoje... especialmente... pequeninininininho...



P.s: A todos os que me seguem...


Feliz dia dos namorados!


Namorem todos os dias, não se esqueçam de cuidar o Vosso amor sempre!


Comemorem o dia, mas não esqueçam de comemorar sim... as Vossas datas!


O primeiro olhar, o primeiro beijo, o primeiro encontro, seja o que for que seja só VOSSO!


Cuidem-se como uma rosa delicada e perfumada!


Apaixonem-se todos os dias!
Só assim vale a pena!
Só assim se vive um grande AMOR!




15 de janeiro de 2011


Perco tempos infinitos entre esperas e procuras, de quem não chega e nunca acho...


Consumindo horas a cada segundo, e desesperando nos dias que ganham sabor a anos.


Escutando-te no silêncio, e sentindo-te no vazio...


Sonhando-te acordada, e recordando-te num leve sono...


Sorrindo por breves momentos, e chorando por longos tempos...


Misturando realidade e ficção, para alimentar semanas com instantes...


Amando-te como nunca o foste...


Sofrendo... como nunca antes...


Martizirando-me com o teu egocêntrismo...


Crucificando-me com o teu desinteresse...


Mas sempre suspirando com a imagem do teu sorriso.


Dançando com o som dos teu passos, que alucino ouvir caminharem na minha direcção,


Rodopiando com o frenesim do teu abraço que trago a mim... quando me aperto,


Caindo para o chão quando abro os olhos... e me desce o discernimento que me permite ver que nada é real!


Esta é a loucura de quem ama um corpo ausente,


a insane vida de quem caminha só no meio da multidão,


e o desatino de quem vive intranquilo, só querendo chegar ao "the end"... feliz...

Sem nunca saber se esse dia existirá!