Amedronto-me!
Sim... tenho medo...
Mas quero!
Sou Rosa delicada a quem a chuva queima as petálas...
Animal ferido que lambe as feridas, e quer abrigo!
Mas cá dentro lavra-me um fogo ....
Correm-me rios de lava nas veias,
E tenho um vulcão adormecido...
Dando-me sinais de alerta...
Que me está tão próxima, a erupção...
Amedronto-me!
Sim... tenho medo...
Mas quero!
Embriago-me nas minhas lágrimas,
E fico á deriva, fraquejando sem o meu porto seguro,
Mas avisto uma tempestade...
O meu mar está a ficar encrespado,
O meu céu está carregado,
As minhas ondas estão a crescer,
O leve sopro do meu coração,
prepara-se para soltar um tornado em ira...
E...
Amedronto-me!
Sim... tenho medo...
Mas eu quero, e ... não vejo a hora!
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8 comentários:
Olá Lita,
ao ler-te entendi bem melhor o teu comentário no meu espaço.
Revejo-me no teu amedrontamento, como te reves no meu medo. Entendo-te e muito...
Quanto a este poema é todo ele um sentir dum sentimento a florir tal com a rosa de que falas.
Amor, sedução e erotismo integram este belíssimo poema.
A hora há-de chegar...
Gostei
Um beijo
Lita,
Uma das coisas que o medo traz é o arrependimento.
Arrependimento de não ter tentado.
Se a gente não dá um passo, a gente sempre sabe onde está.
Muitas vezes a zona de conforto é uma espécie de barreira para impedir três letras que querem sair da nossa boca: S... I... M!
Beijos!
Alcides
e chegará como uma explosão de sentidos, e será um prazer desmedido.
Desculpa,
não me cansar de aqui vir...
Gosto de entrar, ver, ouvir e ler o que de belo aqui se encontra.
Sinto-me bem aqui.
Obrigado por me acolheres.
Bjo
Olá.
Vim conhecer o seu espaço de sonhos e sentimentos.
Palavras se tornam especiais,
quando carregadas de essências.
São estas essências que justificam a existência das palavras,
e da vida que brota a partir delas.
Parabéns por este espaço cheio de vida.
Que o amor te acompanhe sempre.
Ter medo não significa não querer, aliás ter medo não nos impede de...
Beijito.
Querida Lita,
Também vivo um "medo" inexplicável..., mas vivo, sinto-o vibrar dentro de mim como um diapasão e, nem sei mais de mim, destas lágrimas que me correm pelo corpo todo e, eu nada faço..., deixo-as simplesmnte cair, quero correr, mas já não posso, já não me deixam..., as minhas pernas estão presas de tanto ter corrido e, agora para onde vou..., já não sei..., apenas quero ser, sentir, viver...
Acontece agora, tal como o dizes nestas tuas belas palavras.
"...Embriago-me nas minhas lágrimas,
E fico á deriva, fraquejando sem o meu porto seguro,
Mas avisto uma tempestade...
O meu mar está a ficar encrespado,
O meu céu está carregado..."
Bjo pleno de Luz
Cara amiga.
Escuto:
"Mas cá dentro lavra-me um fogo ....
Correm-me rios de lava nas veias,
E tenho um vulcão adormecido"...
Loucura?
Não.
Vida, na sua mais deliciosa forma.
Uma semana de paz para ti.
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