28 de julho de 2009



Senti o dia passar, com a mesma intensidade de quem sente um veneno percorrer as veias, queimando no passar e anunciando uma morte lenta.
Prendi o choro na garganta, desatinei com a angústia crescente , e entrei em remissão de palavras e de olhares para que ficasse na minha clausura.
A cada cigarro que acendi, observei a forma como o fumo se desvanecia no ar, quis também ter essa capacidade, de me sumir em nada.
Por dentro quis tanto um colo, uma festa, um abraço....como sonhei com um abraço em silêncio, num total e absoluto silêncio.
Mas o medo de cair, faz-me repelir tudo o que de doce me aquece o coração.
O medo talvez nem seja cair, mas me expor, me mostrar fraca e insegura, de amolecer e depois custar mais a caminhada.
Hoje recordei uma boneca de trapos que tinha em menina.
Lembrei-me de a abraçar á noite, tive saudades dela.
No fundo hoje sou feita de mil pedaços,e histórias como ela.
Ela sim, hoje... eu abraçava, ela sim me respeitaria num colo em silêncio, me daria ouvidos para o meu desabafo, desabafo que guardaria em segredo, sem criticas ou conselhos, sem juízos ou preconceitos, sem duvidas ou exitações.
Com ela soltava as lágrimas que me queimam, soluçava e expelia em grito a dor que me sufoca.
Com ela seria quem sou, com o que tenho e o que sinto.
De manha deixaria-a com ternura e saudade na minha almofada, sorria para ela num conforto de quem só diz, até logo, e sabia que quando chegasse ela estava ali, amiga fiel, companhia das boas e más horas, sem prometer nem cobrar nada, simplesmente a minha fiel amiga...

1 comentários:

Moonlight disse...

Minha querida Lita,

Essas dores interiores que não se veem mas sangram mais que as expostas,são deveras penosas de se suportar...
Mas que interessa lembrar o passado com gosto a fel e epnsarmos que poderia ser melhor,e termos a consciencia exata de sabermos que seria bem pior...
Quando te leio...revejo-me á uns tempos atras...onde me fastiguei a mim mesma por um verbo amar,que não consegui conjugar....agora por fim consegui congelar esse sentimento que me corroia por dentro no meu silencio...
Não é certo bem sei...mas vivo mais serenamente desde que decedi me congelar...sosseguei minha alma,no silencio do meu ser...
Minha querida....serenamente....deixe essas feridas sararem...não se martrise...deixe-se seguir neste oceano com leveza....encontrará certamente seu porto de abrigo um dia...
Nunca gostei de bonecas,mas tenho meu ursinho de peluche que me foi dado no dia em que nasci e como voce diz é um amigo que me aconchega nas noites em que o sono teima em naõ aparecer e as lagrimas presistem em cair...
Todos nós temos esses momentos...
Que os seus passem bem depressa minha querida...

Um bj cheio de luar,minha amiga Lita.