26 de julho de 2009




O cansaço há muito que de mim se apodera…
Mentalmente, sinto-me exausta.
Não sei quanto tempo mais, vou aguentar.
Temo não conseguir levar o rumo que escolhi, da forma que pretendo, pois não consigo viver nesta frustração, de passar dias, e no entanto, querer é vivê-los, sem medo ou culpa.
Fisicamente e por arrasto, deambulo ao sabor dos dias sem que nada me pareça suficientemente agradável ou tentador.
Os objectivos, as vontades, os desejos e a força do meu pensamento, jazem intactas apesar do meu estado de fraqueza.
Mas renego-me todos os dias, por algo que sei que não merecia que fosse assim.
A necessidade de querer ser feliz submerge em mim em cada contacto com os meus prazeres mais simples, seja uma flor que olho, um vinho que bebo ou uma música que oiço.
A vontade é soltar o grito da liberdade, ao invés de digerir em dor, a mudez a que me submeto.
Sinto em cada verbo em construção,a vontade de me fazer ouvir, quero conjugar, sentir, amar, viver, sonhar, sorrir, quero exorcizar de mim o estagnar, esperar, acalmar, ficar, e perdoar.
A revolta entristece-me cada dia um pouco mais, independentemente dos novos sorrisos que conquiste, no cair do pano, quando cai a cortina, e fica este silêncio e esta solidão...está tudo aqui, e dói cada vez mais.

1 comentários:

A Palavra Mágica disse...

Lita,

Fala para a menina, personagem desse texto, que uma MULHER não se entrega assim tão fácil.

Beijos!
Alcides