Turbilhão de palavras fluem em mim, percorrem-me as veias e sobrecarregam-me os dedos, que não acompanham a velocidade e se atropelam uns aos outros, sendo impossível os coordenar e fazer com que seja possível a escrita.
Mas a vontade é tanta , é tanta a vontade de explodir aqui, afinal de contas aqui tudo é amenizado, aqui tudo dói menos, porque aqui é o meu consolo.
Chega esta hora, com a noite lá fora e o vazio cá dentro, este é o meio de quebrar o silêncio,o refugio é este , a forma de me acalmar é me centrar aqui, no meu canto protegido, e espelhar os sentimentos por forma de palavras que quer sejam tolas, ou sem sentido algum, para mim são como uma limpeza espiritual, são a busca de um significado para algo.
Aqui sou menina se quiser,e mulher se me apetecer,aqui as lágrimas escorrem e não as limpo,e sou fraca sem vergonha, solto o sorriso se for sincero, mas não o abro se não for sentido, aqui nada é fingido.
Sou eu a Lita que aqui abre o coração e fala do que dói, que assume o mal de amor, a solidão,mas que continua a acreditar em fazer acontecer,no príncipe encantado, em viver uma história de amor com final feliz, em um dia olhar para trás e ver como valeu a pena entrar na vida e vive-la , deixar de apenas vê-la passar.
Aqui recordo-me de coisas, gestos, pessoas, sons e cheiros que me fazem feliz ou triste, mas recordo, flutuo em pensamentos longínquos, mas não dói, apenas acho que tenho pequenos flashbacks enquanto vou escrevendo e convivo com eles.
Não importa se o dia foi longo, se me preparo para enfrentar mais uma noite em que o sono não chega porque as preocupações não deixam, aqui fiz "reset" e recomeço pelo menos já mais devagar, a dar-me tempo para ao menos respirar.
Aqui só por uma lágrima tua, com que vontade me deixo levar...