2 de outubro de 2008

Simplesmente estar...




Que mau estar generalizado, que cansaço e que inercia.
Não posso definir o meu estado de espírito, era o mesmo que pedir ao vento que entre por favor, porque está calor.
Dizer que o dia está cinzento e que por isso desmorecemos, talvez possa ser verídico mas na maioria das vezes é um disfarce para algo mais, senão o que direi hoje que está sol, está quente, e eu aqui fria e nublosa.
O pensamento não é claro, o sentir não menos escuro.
Não sei que sinto, talvez porque tambem estou a pensar em tudo ao mesmo tempo, e nada dá para definir dessa forma.
Queria por um dia, sair por ai até ao meu porto seguro, aquele onde vou rir, chorar e pensar, onde tudo o que é importante, significante, emocionante ou até mesmo penoso está ali guardado, até a minha única grande história de amor.... ali está...
Mas desta vez quero estacionar, e simplesmente ficar....
Comtemplar o infinito e ter a capacidade de não pensar em nada, não me magoar com recordações, não me desiludir com planeamentos, não me humilhar com desejos impossíveis, não sonhar e ter a dor do acordar, não nada...
Pura e simplesmente, nada...
Ficar apenas eu, os passáros a passar, a água a bater nas rochas, os pés a afundar e sentir aquele fresquinho, quase frio da areia, nesta altura do ano, um cigarro como amigo, o céu como testemunha, e sim daria-me muito prazer um bom copo de um bom vinho, maduro, incorpado, seria o meu momento.
Seria o príncipio de alguma coisa , seria o ínicio da minha procura interior.
Só ali faz sentido pensar em ter um momento destes, só ali significa algo, e quero acreditar pela magia que tem, só ali seria capaz de ter um momento feliz de simplesmente estar...

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